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O que muda para o consumidor com a fusão Sadia e Perdigão

14.07.2012 - 14:52

Órgão do governo estipulou restrições para a operação que foi aprovada pelo Cade

Apesar de determinadas restrições para a operação, por exemplo, parte da Perdigão tem que ser vendida para evitar que as empresas, juntas, monopolizem o mercado, mais uma fusão no mundo dos negócios vai mexer com o consumidor.Aprovada a fusão da Sadia com a Perdigão, mas com algumas restrições,que segundo especialistas seria para garantir a concorrência. Quem sempre sai perdendo com a concentração de mercado são os consumidores, já que isso diminui a concorrência e não a garante.Por isso, as condições do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aprovar a fusão. Parte da Perdigão tem que ser vendida para alguma concorrente. Assim, a Sadia não se tornaria dona absoluta do mercado, o que prejudicaria o consumidor.Pela decisão do Cade, a Brasil Foods terá que vender 12 marcas, entre elas, de margarina, frangos, presunto e hambúrguer, oito centros de distribuição e terá que vender, ainda, um bloco que inclui granjas, incubadoras de aves, abatedouros e fábricas a um único comprador.Essa estrutura é capaz de produzir 730 mil toneladas de alimentos por ano, o que equivale a 80% da capacidade produtiva da Perdigão antes da fusão.Por um período que varia de três a cinco anos, a Brasil Foods não pode mais vender determinados produtos com as marcas Perdigão e Batavo, como presunto cozido, apresuntado, salames, lasanhas, pizzas congeladas e quibes com as marcas Perdigão e Batavo, e se a empresa descumprir as regras, o Cade pode aplicar multas de R$ 50 mil por dia, e até anular a fusão.

No que a fusão afetará a vida do consumidor?

Segundo a Brasil Foods, este ano não muda nada, só no ano que vem. Perdigão e Batavo vão continuar no mercado, mas apenas com os produtos que não estão no acordo com o Cade. Para alguns especialistas, a decisão do Cade é boa para o consumidor porque estimula a concorrência na medida que os concorrentes vão ter melhor condição de competição no mercado e certamente serão favorecidos no aumento e ganho de participação de mercadoa partir de agora. Com a competição preservada, os preços pelo menos deverão continuar estáveis a partir de agora.Mas não é essa a expectativa do consumidor. Vários argumentos já estão sendo lançados como por exemplo a de que eram duas empresas concorrentes que tinham produtos diferenciados, o que, talvez, equilibrava o preço, e agora vão estar juntas; ou, também, o que faz com que os preços baixem é a competitividade e a concorrência.Para tentar garantir a concorrência com outras empresas, a Perdigão será obrigada a vender fábricas, granjas e centros de distribuição, o equivalente a 80% da capacidade de produção da empresa. A venda representa 13% da receita das duas juntas. Alguns produtos da Perdigão, como lasanhas, almôndegas e pizzas, têm que sair do mercado por até cinco anos. O objetivo é facilitar a entrada da nova concorrente que comprar parte da empresa porque é preciso ter um incentivo das menores apara que estas cresçam e possam competir com qualidade e preço, para que o consumidor não fique refém de uma marca só.Para o Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), as condições impostas são uma tentativa, mas não garantem a concorrência. 'O consumidor não tem o benefício do preço final, ainda corre o risco da concentração de mercado, que pode, pior do que aumentar o preço, reduzir a qualidade do produto ofertado, porque não há concorrente. Esses entraves para a fusão não são uma garantia de que o mercado responderá dessa forma', alerta o presidente do Ibedec, Geraldo Tardin.Pelo que foi aprovado, os funcionários terão garantia de estabilidade por seis meses. Comprar de volta o que foi vendido, só depois de dez anos. Se a empresa não cumprir essas e outras condições poderá ser punida com multas de R$ 50 mil por dia e até com a anulação da fusão.
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