A segurança nos ventiladores de teto
16.07.2012 - 10:56
O verão chegou e já nos disse a que veio. Nessa época do ano, os ventiladores de teto são os campeões de venda e preferência. Recentemente a Proteste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor testou algumas marcas e levou em consideração alguns aspectos que incluem, entre outros, risco de choques, vazão de vento e a eficiência energética.
De oito modelos de três pás (a categoria mais vendida, segundo a Proteste) três foram reprovados por insegurança elétrica. E apenas dois tiveram bom desempenho na relação consumo de energia e vazão de ar.
O resultado foi melhor do que no último levantamento, feito em 2007, quando todos os aparelhos testados foram reprovados por insegurança elétrica. Vários modelos traziam risco de choque elétrico para o consumidor, inclusive durante uma simples troca de lâmpada.
Há modelos que veem desmontados, o que obriga o consumidor a fazer as ligações elétricas do soquete (onde é encaixada a lâmpada). Isso aumenta o risco de problemas, pois qualquer erro na montagem pode provocar curto-circuito. A exemplo do que fazem algumas empresas de ar-condicionado, os fabricantes de ventiladores deveriam oferecer assistência técnica para instalação do produto. Se a segurança elétrica preocupa, a vazão de ar decepciona.
Quando se calcula a razão entre consumo de energia e a vazão de ar que determina a eficiência do ventilador, o resultado piora. A Proteste encaminhou os resultados ao Inmetro e requereu a retirada imediata do mercado dos produtos reprovados por insegurança.
Para o Inmetro, o resultado do teste não deve levar à conclusão de que os ventiladores de teto comercializados no país são inseguros. De janeiro de 2010 a agosto de 2011, informa o instituto que foram inspecionados mais de 71 mil aparelhos em todo país, dos quais cerca de 1.300 estavam irregulares, o que corresponde a 0,7%. Ainda segundo o Inmetro, o consumidor pode confiar nas informações das etiquetas e na segurança desses aparelhos.
Que a avaliação da Proteste apenas confirma resultados já identificados e corrigidos no decorrer de 2011. Os testes foram avaliados da seguinte maneira:
- Os manuais foram lidos, sendo avaliados aspectos como compreensão das informações e uso adequado de imagens;
- O acesso às partes vivas, principalmente na hora de montar o produto e trocar a lâmpada;- A facilidade de instalação, inclusive elétrica;
- Existência de aterramento, risco de fuga de corrente e tensão suportável;
- O volume de ar deslocado e o consumo de energia, sendo a eficiência energética a razão do metro cúbico de ar deslocado (a vazão de ar) x o consumo em watts. Alguns cuidados são importantes no momento da instalação. Seguem algumas dicas:
1) É recomendável contratar um profissional especializado;
2) O local de fixação deve suportar, ao menos, 25 kg de carga. As pás devem estar em altura superior a 2,3m e distância mínima de 50cm de paredes, lustres e móveis altos;
3) As pás devem estar bem fixadas ao corpo; 3) Não instalar ao ar livre, em local úmido ou exposto à chuva;
4) Fazer manutenção preventiva semestral, antes da qual a chave geral deve ser desligada, inclusive ao substituir lâmpadas;
5) Não inverta o sentido de rotação (ventilação/exaustão) com o aparelho ligado;
6) Tenha cuidado com as pás em movimento quando estiver limpando, pintando ou trabalhando perto delas. Nunca toque-as com o ventilador em funcionamento;
7) O uso de acessórios não originais pode causar dano ao usuário e ao produto, além da perda da garantia;
8) Caso o ventilador pare de funcionar por qualquer motivo, desligue-o pelo interruptor. Vale lembrar que, caso haja qualquer vício/defeito com o ventilador, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 18, o consumidor poderá exigir alternativamente e à sua escolha:
1) a restituição do valor pago; 2) a troca por outro produto equivalente, mas em perfeitas condições de uso, ou 3) o abatimento proporcional do preço. Fique atento! Agora sim, tomada todas as precauções necessárias, é só aproveitar os bons ventos.
Fonte: Código de Defesa do Consumidor Proteste Inmetro Jornal O Globo